XIV Seminário Nacional - V Seminário Internacional Mulher e Literatura

16 de dezembro de 2010


Estão abertas as inscrições para apresentações de trabalhos no XIV Seminário Nacional - V Seminário Inernacional Mulher e Literatura Homenageadas: Escritoras Negras será realizado durante 4, 5 e 6 agosto de 2011 na Universidade de Brasília (UnB). 
Para saber mais informações acesse o site do evento.

O que é o amor?

15 de dezembro de 2010


Assisti um capítulo da minissérie “Afinal, o que as mulheres querem” e fiquei pensando: quero ser assim! Quero dançar e não está nem aí. Quero viver. Divertir. Apaixonar-me e aproveitar até o fim. 

Cada um(a) tem uma concepção de “amor”. O amor é algo inventado, já dizia Cazuza, “pra se distrair”.

Tem horas que me questiono dessa concepção de amor monogâmico, de regras, de possessão, de almas que se unem e formam uma única. Essas ideias dialogam com as afirmações da Regina Navarro, psicanalista e escritora, que questiona essa concepção de amor “cristão” o qual somos “formados(as)”.

Não pretendo me alongar, mas cabe apenas lembrar da bonita poesia de Renato Russo, que Cássia Eller também não deixou de recitar:

“[...] Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar / Que tudo era pra sempre / Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba [...]”


Assista ao episódio e reflita sobre a mensagem final:


“Eu sempre achei que o amor, que o grande amor fosse incondicional. Que quando houvesse um grande encontro entre duas pessoas tudo pudesse acontecer… Porque se aquele fosse o grande amor, ele sempre voltaria triunfal… Mas nem todo amor é incondicional… Acreditar na eternidade do amor é precipitar o seu fim... Porque você acha que esse amor aguenta tudo, então, de um jeito ou de outro, você acaba fazendo esse amor passar por tudo… Um grande amor não é possível. E talvez por isso é que seja grande – para que nele caiba o impossível.” (Minissérie Afinal, o que as mulheres querem)

Última semana da Peça Homoerótica “Perfume de Açougue” no IdA/UnB

14 de dezembro de 2010

A peça “Perfume de Açougue” produzida pelo Grupo “Dança Pequena – Grupo de Dança Contemporânea” será apresentada, gratuitamente, pela última semana no Instituto de Artes (IdA) da Universidade de Brasília (UnB). 

O espetáculo se propõe a explorar estético-coreograficamente a fronteira tênue entre “homopornografia” e homoerotismo, em uma época que vemos o aumento crescente do acesso à idéia e à prática de “sexo”, através do mundo virtual e da indústria pornográfica, que têm crescido nos últimos anos. Qualquer um pode ter acesso à pornografia, a encontros fáceis e rápidos, à possibilidade de realização das mais diversas fantasias e fetiches: sado-masoquismo, orgias, trocas de casais, etc. Nunca foi tão fácil instrumentalizar o sexo e até mesmo encontrar parceiros. Como o erotismo homossexual se manifesta em tal contexto? E qual é o lugar do afeto, do amor, do prazer, da intimidade e da fidelidade? O homossexual é vítima ou agente nesta atmosfera hiper-erotizada? Como este fenômeno é percebido por outros segmentos sociais? Quais são as novas fantasias? E os novos riscos? Como se avaliar a AIDS neste contexto? Que modelos seguir? O que se ganha? O que se perde?

Concepção e direção: Édi Oliveira
Atores: Adriano Rosa, Alisson Araújo, Diego Pizarro, Édi Oliveira, Diego Menezes e Pedro Martins
Data: 15 a 18 de dezembro, às 21h, e 19 de dezembro às 20h
Local: Teatro Helena Barcelos no Instituto de Artes (IdA) da UnB.
Entrada Franca.

Curta-metragem “Eu não quero voltar sozinho” de Daniel Ribeiro

8 de dezembro de 2010


Assisti também o curta-metragem “Eu não quero voltar sozinho” de Daniel Ribeiro. O curta acabou de sair do forno. Sua estréia foi em julho de 2010. Fez maior sucesso com o preview no YouTube e já está fazendo o maior sucesso em todo Brasil, rodando inúmeros festivais. Estou impressionado com o trabalho desse cineasta e muito feliz em saber que já ganhou vários prêmios em diversos festivais. 

Sinopse: A vida de Leonardo, um adolescente cego, muda completamente com a chegada de um novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo, ele tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana e entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel.
Ano: 2010
Duração: 17min









Para saber mais, acesse o Blog e o Site do Curta. 

Clique aqui para curtir no Facebook

Clique aqui e assista a entrevista com o elenco

Curta-metragem “Café com leite” de Daniel Ribeiro


Assisti o curta-metragem “Café com leite” dirigido pelo cineasta Daniel Ribeiro e por ser tão bom resolvi disponibilizá-lo aqui. Ressalto que o curta foi premiado com um Urso de Cristal no 58º Festival de Cinema de Berlim, além de ter ganhado outros prêmios. Para saber mais, acesse o Blog do Curta:  http://curtacafecomleite.blogspot.com/

Sinopse: Entre videogames e copos de leite, dor e decepção, eles precisam aprender a viver juntos.
Ano: 2007
Duração: 18min








Sagrada Terra Especulada - A luta contra o Setor Noroeste

7 de dezembro de 2010


A dominação, a colonização e a corrupção continuam....











Infelizmente, não pude ir à estréia do filme “Sagrada Terra Especulada - A luta contra o Setor Noroeste”, na última sexta-feira (03/12), na Asa Norte. No entanto, na madrugada de hoje (07/12) assistir pela internet o filme-documentário e fiquei muito sensibilizado com a questão dos índios e do meio ambiente, mas também indignado com esse “nosso” governo explorador e interessado apenas em seus próprios benefícios. 

Trata-se de uma produção minuciosa feita pelo Centro de Mídia Independente (CMI) que conta com a participação de intelectuais, políticos, movimentos populares, estudantes, entre outras pessoas, discutindo a iniciativa de construção do Setor Noroeste de Brasília.

Segundo a reportagem do CMI, “o Filme critica a especulação imobiliária no DF com base no recente período de lutas contra o Setor Noroeste, bairro de alto luxo construído pela especulação imobiliária do Distrito Federal. Tendo como enfoque a luta realizada desde o a Reserva Indígena Santuário dos Pajés, a obra traça a ação da mídia, políticos, empresários, especuladores e burocratas: todos a serviço do lucro e da segregação. Do outro lado, apresenta a ação de movimentos populares em uma incansável e também vitoriosa luta contra estes podres poderes”.

Gostei tanto dessa produção que acredito que é necessário divulgá-la. Com o filme-documentário, é possível perceber como o governo e os políticos “apropriam-se” de discursos considerados 'politicamente corretos' para justificar sua dominação e exploração. É possível visualizar a guerra “política” que envolve governos, mídia, empresários e interesses privados. Admirei-me com a resistência dos índios que ocupam a região, bem como com as suas culturas preservadas, como a Reserva Indígena Santuário dos Pajés, mas também com estudantes, acadêmic@s e movimentos organizados que defedem os direitos desses povos. Espero que com a divulgação do filme-documentário, as pessoas repensem algumas questões que atingem não só a população indígena, mas a nós tod@s! 

Resistência, Força e Paz do Grande Espírito!

Quer fazer uma (outra) graduação na UnB? Sua chance é essa!

6 de dezembro de 2010


ADMISSÃO PARA PORTADOR DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR 

A Universidade de Brasília (UnB) está com inscrições abertas para portadores(as) de diploma de curso superior interessad@s em cursar outra graduação. São 481 vagas remanescentes. As inscrições começam hoje (06/12) e vão até 17 de dezembro. Para conhecer o edital e saber sobre mais informações clique aqui. Taxa: R$ 100,00

TRANFERÊNCIA FACULTATIVA

Também há vagas para alunos(as) regulares de outras Instituições de Ensino Superior (IES) nacionais ou estrangeiras que estejam interessados(as) em concluir o curso na UnB, por meio da Transferência Facultativa. São 858 vagas. As inscrições começam hoje (06/12) e vão até o dia 15 de dezembro. Clique aqui e saiba como participar. Taxa: R$ 100,00

PROCESSO SELETIVO

Em ambos os processos seletivos serão aplicadas cinco redações relativas aos conhecimentos específicos do curso superior pretendido. Alguns cursos exigem a apresentação de portifólio ou prova prática. Além disso, é preciso ter 20% no mínimo e 75% no máximo da carga horária do curso pretendido já concluída, que será comprovada por meio do Histórico Escolar.

MINHA OPINIÃO

Vale muito a pena prestar esses processos seletivos, pois é uma forma de recrutar os(as) melhores alunos(as), tanto já formados(as) quanto ainda formandos(as). Além disso, há todo o status social que a UnB proporciona, além das inúmeras atividades de ensino-pesquisa-extensão que os(as) alunos(as) participam durante a graduação, contribuindo para a sua formação pessoal e profissional. Conheço pessoas que entraram por meio desse tipo de processo seletivo e não se arrependeram.

O que é homofobia?

Vamos pensar um pouco...
Ultimamente, escutei dois depoimentos, da mãe do Alexandre Ivo que foi assassinado e do rapaz agredido na Avenida Paulista, que me causaram certo desconforto devido à compreensão sobre o que é a homofobia.
Pareceu-me que as pessoas entendem a homofobia apenas como preconceito, discriminação, intolerância ou violência contra homossexuais.
O grifo no “apenas” é proposital. A homofobia, embora englobe práticas discriminatórias contra homossexuais, é algo maior que isso. É um problema que não atinge apenas  homossexuais. É um problema que atinge também – ou principalmente – os(as) heterossexuais.
Para ter uma idéia do que é a homofobia precisamos discutir, em minha opinião, primeiramente, a misoginia – ou seja – a aversão contra tudo que é feminino. Ser feminin@ é feio?
Por outro lado, as lésbicas também são alvos da homofobia ou, como elas preferem chamar, da lesbofobia. Mulheres não podem adotar determinados comportamentos ou características consideradas culturalmente como masculinas?
Nesse ponto, podemos perceber que a homofobia é o preconceito contra todas as pessoas que não cumprem o rol de gênero dominante – ou seja – não se comportam de acordo com as características arbitrariamente eleitas como “próprias” de determinado sexo.
Prado (2010, p. 8) nos convida a pensar a homofobia como um “[...] dispositivo de vigilância das fronteiras de gênero que atinge todas as pessoas, independente da orientação sexual, ainda que em distintos graus e modalidades”.
Segundo Welzer-Lang (2001), a homofobia não atinge apenas aquelas pessoas que pertencem as minorias sexuais, mas também todas aquelas que são vistas, ou se apresentam, com características consideradas divergentes ou ocupando em determinadas circunstâncias comportamentos considerados “impróprios” para seu gênero. Para Welzer-Lang (2001), a homofobia é produzida pela dominação masculina que ameaça os homens a se calcarem nos esquemas ditos normais da virilidade, mas também as mulheres aos padrões “normais” de feminilidade.
Acredito que é fundamental ter essa visão mais ampla do fenômeno da homofobia para não cairmos no risco de “estereotipar” a homofobia como uma atitude apenas contra homossexuais ou LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). Com essa visão, penso que é possível, inclusive, convencer mais simpatizantes e heterossexuais sobre as implicações da homofobia em suas próprias vidas – mostrando que “isso acaba prejudicando e limitando a todos, mesmo os que não se sentem homossexuais, que também ficam limitados às mesmas práticas e atributos determinados como masculinos, ligados a uma identidade homogênea de homem e de heterossexualidade” (FERRARI, 2007, p. 9). No caso das mulheres, elas ficam limitadas as práticas e comportamentos determinados como femininos, ligadas a uma identidade hegemônica de mulher.

REFERÊNCIAS

FERRARI, Anderson. O quê se fala e o quê se cala sobre o homoerotismo masculino: discursos, práticas e posturas dos professores diante do fato e do assunto. Disponível em: <http://168.96.200.17/ar/libros/anped/1412T.PDF>. Acesso em: 26 dez. 2010.

PRADO, Marco Aurélio Máximo. Homofobia: diversos fenômenos sobre o mesmo nome. In: BORRILO, Daniel. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Belo Horizonte: Autência, 2010.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. In: Revista Estudos Feministas, Florianópolis, ano 9, n. 2, p. 460-482, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2001000200008&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 6 dez. 2010.

SUGESTÕES DE LEITURA

JUNQUEIRA, Rogério. Homofobia: limites e possibilidades de um conceito em meio a disputas. In: Bagoas: Estudos Gays gêneros e sexualidades. v. 1, p. 1-22, 2007.  Disponível em: http://www.cchla.ufrn.br/bagoas/v01n01art07_junqueira.pdf Acesso em: 6 dez. 2010.