Último dia de inscrição para os Cursos de Especialização da UNIFEI

28 de junho de 2011


Amanhã se encerram as inscrições para os Cursos de Especialização UAB da UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá.
Cursos:
- Design Instrucional para EaD Virtual
- Gestão de Pessoas e Projetos Sociais 

Para maiores informações acesse http://www.ead.unifei.edu.br

Eu sou fã de Lady Gaga

24 de junho de 2011

Nunca imaginei que um dia diria que eu era fã de algum/a artista. Contudo, Lady Gaga mudou minha opinião. Desde o som da primeira música que escutei, desde a primeira imagem que vi dela, já achei surpreendente. Talvez esse seu jeito subversivo que quebra os limites da normalidade é o que chama mais minha atenção. Fora que ela ainda faz uma politização da sexualidade, bullying, auto-estima, etc. Acostumei dizer que Lady Gaga é do meu tempo. Tempo cronológico e tempo interior. Sou fã, mas não fanático. Pelo visto, Lady Gaga veio para confundir, para não ser entendida, para quebrar alguns tabus, para questionar alguns limites, para mostrar o quanto investimos nos nossos corpos para que representem uma identidade singular. Lady Gaga é o emblema de um contexto cultural marcado por inúmeras transformações sociais, por questionamentos, por ousadia e indisciplina. Por tudo isso, gosto de Lady Gaga. Ela é estranha. Eu gosto de estranhos. Ela é performática. Eu gosto de performáticos. Ela é fictícia. Eu gosto de irrealidades. Como diz Adriana Calcanhoto, "Eu não gosto do bom gosto. Eu não gosto de bom senso. Eu não gosto dos bons modos. Não gosto". Curtam as últimas que ela aprontou em entrevista ao programa do Paul O'Grady. 





















Peça teatral Medeia é um sucesso

20 de junho de 2011


No Sábado (18/06), fui assistir ao espetáculo Medeia, encenada por “Os Paquidermes Cia. de Teatro”. Gostei muito do figurino, da sonoplastia e da interpretação dos atores e atrizes. Um verdadeiro acontecimento. Medeia fica realmente como propõe a tragédia, entre “vítima” ou “culpada”. A peça é um reviver da tragédia e uma homenagem a essa obra de Eurípedes. Recomendo que vão assistir ao espetáculo sabendo mais a respeito da história. Uma dica é chegar mais cedo, sentar nos sofás do Teatro Mosaico e ler o folder para se inteirar. A peça é “pano para manga” e discussões depois, em qualquer barzinho ou em qualquer lugar. Saiba que a peça é gratuita. Eu fiz uma postagem sobre a história da peça e vocês podem acompanhar as próximas apresentações no Flyer


Mesa Redonda sobre o Material do Projeto Escola sem Homofobia

12 de junho de 2011


Na terça-feira, dia 14 de junho, às 19h, ocorrerá na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília uma Mesa Redonda sobre o material do Projeto Escola sem Homofobia.

O evento é organizado pelo Grupo de Pesquisa em Educação e Políticas Públicas: Gênero, Raça/Etnia e Juventude (GERAJU) e pelos/as alunos/as da Disciplina Gênero e Educação, do Curso de Pedagogia. 

A proposta é assistir aos vídeos e abrir um debate com especialistas sobre o material, considerando o contexto político em que vivemos, onde o chamado “kit gay” foi vetado pela presidenta Dilma, após mobilização da bancada cristã. 

Viagem a Goiás

11 de junho de 2011

Deixe-me contar sobre minha última viagem. Comecei a escrever, mas depois desistir. Nem sei por quê. Finalmente, viajei pela UAB/UnB. Fui a trabalho, conhecer os/as alunos/as do 5º semestre do Curso de Licenciatura em Geografia do Polo de Goiás e fazer uma atividade com eles/as pela disciplina Fundamentos de Didática em Geografia, a qual sou tutor a distância atualmente. 

Casa da Cora
A viagem, claro, além do trabalho, foi uma oportunidade de conhecer Goiás-GO e sentir o “ventinho” da cidadezinha do interior (como dizia uma colega tutora que foi comigo). Achei o Sítio Histórico uma graça. Visivelmente revitalizado e preservado. Fui conhecer a casa onde morou Cora Coralina. Muito tocante, sem dúvidas, principalmente com as histórias que a Guia de Turismo vai lhe revelando no trajeto, especialmente, quando aponta para a escada onde Cora caiu e quebrou o fêmur.  
Coreto

Mesmo tendo passado cerca de 7 hora de Brasília a Goiás, de ônibus, foi gratificante. Além dos/as alunos/as, também ficarão boas recordações do lugar.



Igreja do Rosário

Lindo demais
Coração é terra que ninguém vê.

-- Cora Coralina




Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos

-- Cora Coralina



Poeta, não é somente o que escreve.
É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso.

-- Cora Coralina
Rio Vermelho




"Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo."

-- (Cora Coralina)

Peça Medeia de graça

2 de junho de 2011


Foto: Daniel Fama

Para quem curte teatro, não pode perder esse espetáculo!

Da obra de Eurípedes, Medeia foi encenada pela primeira vez em 431 a.C, obtendo naquela ocasião o terceiro lugar no famoso concurso teatral das Grandes Dionísias, em Atenas. Numa época em que o Teatro era um dos principais responsáveis pela formação moral, ética e intelectual do homem grego. Os textos teatrais baseavam-se nos mitos daquele tempo para apontar problemas socioeconômicos, culturais e políticos, em particular do cotidiano do povo ateniense, “centro do mundo, até então”, na intenção de levantar discussões favoráveis ao desenvolvimento cívico, religioso, humano etc. de seus patriotas-espectadores.


Tendo por base o mito grego, A saga de Medeia narra a vingança da destemida Medeia contra o esposo, Jasão, depois que ele a rejeita para se casar com a filha (princesa Glauce) do rei de Corinto, Creonte. Movida por emoção, paixão e orgulho ferido, Medeia decide fazer “justiça” com as próprias mãos para fazer Jasão sofrer tanto quanto ela está sofrendo; para isso, mata os próprios filhos e foge para Atenas, onde o Rei Egeu lhe ofereceu abrigo e proteção. 

Montagem encenada por “Os Paquidermes Cia. de Teatro”, a ideia é de levantar para plateia a mesma questão do autor, só que por outro ângulo: Medeia é vítima ou culpada? Medeia ama ou odeia? Etc. Já que para Jasão, todo o seu “feito” foi para aproveitar "uma oportunidade única" (de cunho político) que se lhe apresentava na vida naquele momento.

A peça, que tem duração de 50 minutos, se passa na entrada da casa de Medeia, o que fez com que a direção optasse por não usar cenário, deixando tudo para o imaginário do espectador, de modo a fazer que a plateia não desprenda a atenção da interpretação dos dez atores que representam os personagens da estória: quatro no Coro, uma Corifeia, Medeia, Jasão, Creonte, Ama e Tutor.

Sob a direção e adaptação de Júlio Cruccioli, o enredo do mito dessa tragédia grega nunca perdeu seu curso na história da humanidade e jamais deixará de ser atual, como se vê, por exemplo, em tantos noticiários de mães, amantes ou pais que matam os próprios filhos ou os de terceiros para atingir a moral e os sentimentos de seus pares. Daí, ainda hoje, como toda grande metáfora, infinitas interpretações e analogias podem ser feitas, partindo do princípio de pôr em pauta a questão levantada por Eurípides: “Quem começou essa espiral de horrores, Medeia ou Jasão? Só os deuses sabem.”

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Medeia foi uma mulher subversiva e, decerto, o drama também. Como dito, há diversas representações de Medeia ao longo de sua história, desde mostra, louca até uma mulher bastante consciente e corajosa. Passada na Grécia, em uma época em que as mulheres eram submissas, educadas para serem esposas virtuosas e para terem filhos, Medeia talvez desafie essa “educação grega”. O fato é que Medeia ainda traz questionamentos, entre outros, sobre a “natureza” feminina e a maternidade: há natureza feminina? Todas as mulheres são iguais? A maternidade é um “destino”? Há “instinto” materno?

Medeia nos convida a sair do “imobilismo” e começar a agir e pensar sobre os valores da nossa sociedade e nossos próprios sentimentos. É uma peça que não se limita ao lugar e ao tempo em que foi criada, pois podemos fazer contextualizações com a nossa própria vida social. Para mim, é fascinante a questão da representação de Medeia, como uma mulher questionadora das relações sociais desiguais entre homens e mulheres daquela época (ou ainda da nossa?) e o “fardo” que elas carregam dessas relações.  

“… multiplico essa má sorte. Para uns eu sei demais e por isso me odeiam, outros não me entendem e me acham fechada, e para outros sou exatamente o oposto…” (Medeia)

Diante disso, vale a pena assistir ao espetáculo para tirar as próprias conclusões. 

Espero vocês por lá! 

Veja dias e horários no flyer!