
Abertura oficial do Curso Gênero e Diversidade na Escola
28 de abril de 2013

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Cleverson Domingos
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4/28/2013
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A formação permanente na SEDF: tempo de mudanças?
12 de março de 2013
A responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua actividade docente. Esta actividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua prática. (Carta de Paulo Freire aos Professores)”
Recentemente, o professor Mário Bispo publicou o texto “Por uma política de estado para a seleção e formação de educadores” no Blog
do Washington Dourado, na qual expõe sua preocupação com a formação dos/as
professores/as e orientadores/as educacionais que atuam (e/ou vão atuar) na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEDF).
No seu texto, ele argumenta a favor de algumas mudanças nos processos seletivos
para professores/as que vão atuar na SEDF, seja os processos simplificados para
professor/a temporário, seja nos concursos públicos.
Dentre essas mudanças, o professor Mário Bispo destaca que
os conteúdos dos processos seletivos
simplificados e dos concursos públicos estão muito aquém do que se espera em
uma seleção de profissionais de educação (professor/a e orientador/a). Cobram-se conteúdos
como “direito administrativo com uma ênfase exagerada em processos legais em
detrimento do item relativo ao próprio regime jurídico dos servidores públicos”
(p. 1). Além disso, a prova de atualidades não faz “nenhuma questão concernente
às atualidades educacionais” (p. 1).
Outro
ponto, talvez o mais polêmico, é em relação à falta “de provas discursivas e
provas práticas em um concurso para professor” (p. 1), tal como ocorre em
outros Estados brasileiros. O professor Mário Bispo questionou por que são
exigidas provas práticas para os candidatos de língua estrangeira e música e não
se faz essa mesma exigência para os/as candidatos/as aos cargos de Sociologia,
Filosofia, Artes, Matemática, Atividades, dentre outros. Talvez por conta do
que ele mesmo argumenta a favor: por falta de uma política de estado para a seleção e formação de educadores.
Em seu
texto, concordo com seus posicionamentos sobre os conteúdos previstos nessas provas, ou a falta de conteúdos que
talvez devessem ser priorizados em invés de outros. No entanto, não me arrisco
a dar minha opinião sobre as provas práticas (ainda), pois vejo que é uma
discussão atual, pelo menos no âmbito do DF e ainda não tenho uma posição
definida em relação a isso. Contudo, concordo que a SEDF tem uma “cultura institucional
própria”, com muitos documentos, diretrizes e práticas que precisam ser
incorporadas pelos/as novos/as professores/as e pelos professores/as em regime
de contratação temporária.
Por
isso mesmo que venho “endossar o caldo” e ampliar as reflexões que o professor
Mário Bispo fez, mas no sentido de refletir sobre a formação permanente desses/as
professores/as. Mesmo que a ideia de formação permanente seja válida para
superar as concepções de formação inicial e continuada (como destaquei na frase do Paulo Freire, lá no ínicio), vou focar mais na
formação continuada (estamos acostumados/as a pensar nessa divisão!), visto que foi esse o tema que me despertou maior aflição e
indignação nesses últimos tempos. Começarei pela formação ofertada pela EAPE
para os/as novos/as professores/as nomeados/as e, por último, falarei sobre os
cursos aceitos para progressão na carreira do Magistério Público do Distrito
Federal.
Inicialmente, considerei a proposta de formação dos/as
novos/as professores/as nomeados/as louvável. Como disseram no próprio curso de
formação, estes/as novos/as professores/as estão tendo o privilégio de fazer um
curso de formação antes de entrarem na regência de classe, o que não ocorreu
com muitos/as outros/as professores/as efetivos/as. De fato, o curso foi
positivo, embora muito questionável também. Quebrando minhas expectativas de formação,
confesso assustei-me quando soube que o curso era só de 20 horas. Não apenas
eu, outras colegas também[1].
Aí a primeira pergunta é: 20 horas são ideais para formar um/a professor/a?
Minhas expectativas eram que o curso tivesse mais horas
(pelo menos 30 horas, para já contar na progressão por mérito) e que as
reflexões fossem ampliadas em um ambiente
virtual de aprendizagem, em que os/as novos/as professores/as pudessem debater
mais sobre a legislação, direitos e deveres, orientações pedagógicas diante de
situações problemas, a política educacional adotada pela SEDF, entre outros
assuntos[2].
No entanto, para completar a minha decepção, além da carga horária ser ínfima,
a atividade “online” disponibilizada para cumprir às 8 horas restantes da
formação se resumiu no estudo do Projeto Político Pedagógico (PPP) Professor
Carlos Mota e do PPP da unidade escolar. E o mais problemático a meu ver:
fizerem duas questões objetivas e uma questão dissertativa para “avaliar esse estudo”.
Aí pergunto, como o professor Mário Bispo, e amplio: como
desenvolver a “habilidade (prevista nas
normas da SEEDF) de redigir projetos que favoreçam o desenvolvimento pessoal e
social do\a aluno\a", se a própria SEDF exige, na própria formação que
oferece, que se dê “qualquer tipo de resposta” em uma atividade que deveria envolver
estes/as novos professores/as e exigir uma reflexão mais aprofundada?
Por fim, gostaria de falar sobre os cursos para a progressão
na carreira do Magistério Público do Distrito Federal. Vejamos o que diz o
artigo 31 da Portaria Nº. 255, de 12 de dezembro de 2008, que disciplina sobre a aplicação da Lei nº. 4.075,
de 28 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a Carreira Magistério Público do Distrito
Federal:
31. Os cursos de atualização, aperfeiçoamento e
formação aceito s para fins de concessão da progressão por mérito serão ofertados
pela EAPE, instituições de ensino superior devidamente reconhecidas pelo MEC,
entidades classistas representativas dos
servidores da Carreira Magistério Público do Distrito Federal, bem como por instituições credenciadas pela Secretaria
de Estado de Educação do Distrito Federal”.
31.1. Os cursos de que trata o item 31 devem
perfazer um total de 180 (cento e oitenta) horas, sendo que pelo menos um curso
deverá ter carga horária mínima de 90 (noventa) horas e os demais de, no mínimo, 30 (trinta) horas.
31.1.1. Para completar as 180 (cento e oitenta)
horas previstas no subitem 31.1, o servidor poderá utilizar certificados de cursos,
congressos, conferências e seminários, desde que os mesmos tenham carga horária mínima de 30 (trinta)
horas.
Olhem
só! Talvez esteja me metendo onde não devia (muit@s amig@s vão me falar isso,
eu já sei!). Claro que como todo/a e qualquer professor/a, interesso-me pela
progressão na carreira, principalmente, devido às recompensas financeiras e, também,
claro, pelas vantagens de ser um/a professor/a bem qualificado/a. No entanto,
fiquei muito triste em descobrir como é o modelo da maioria dos cursos de formação
continuada para professores/as de grande parte das instituições credenciadas pelaSecretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Antes de qualquer coisa, quero salientar que
tenho experiência na área de educação á distância e formação especializada e
acredito que a educação à distância não é “moleza”, como muit@s pensam. Em
alguns casos é até mais “puxada” que o presencial.
Dito isso, percebi que os cursos ofertados pelas instituições
credenciadas pela
Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal são baseados no modelo de educação à distância,
porém no modelo que predominou na primeira geração da EAD, em que existiam os
cursos por correspondência: você compra o material de estudo, estuda e marca X
nas questões avaliativas. Não é que aqui, e lá no curso que falei de formação da
EAPE, volta à pergunta feita pelo professor Mário Bispo: será que uma prova objetiva de marcar X é
suficiente para avaliar o domínio de tais capacidades?
Concordo
que muitos cursos podem ser feitos nesse modelo, pois são cursos de domínio teórico,
voltados a aquisição de conhecimentos. Porém, nos cursos voltados para a
aquisição de competências e habilidades, como os cursos da área de educação
especial e inclusiva, fiquei pensando de novo: como pode um curso de marcar X
lhe habilitar para assumir uma turma de Transtornos Globais do Desenvolvimento
(TGD), por exemplo?
Infelizmente,
é isso que acontece. Como uma amiga me disse: “é o famoso apostilão”. Diante
dessas questões, começo a entender porque muit@s professores/as desistem de
fazer cursos de formação “continuada” que exigem uma reflexão aprofundada sobre
determinados conteúdos: pois são cursos que “cobram” demais, são “puxados”.
Para que me dedicar a um curso, se eu posso comprar um apostilão? Então, também
considero fundamental repensar a formação!
[1] Embora alguns se questionaram da
proposta da atividade “online” do curso, que se resumia em perguntas simples,
duas objetivas e uma dissertativa, outros colegas gostaram. Como disseram na
Comunidade dos Professores Aprovados, “ótimo, menos
trabalho kkkkk” (professora), ou “Eape, bah, todo mundo
faz este curso. Chato e enrrolativo” (professor).
[2] Minha colega de trabalho que foi
empossada no ano passado disse-me que o curso que fez de ingresso na carreira
também não foi legal, pois eram feitas perguntas para os/as formadores/as no
ambiente virtual e elas não eram respondidas. Parece-me que no ano passado
utilizaram o ambiente virtual e talvez por essa problemática e por outras que
não sei, decidiram não utilizar esse modelo neste ano de 2013.
Postado por
Cleverson Domingos
às
3/12/2013
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O feedback no processo de aprendizagem online: desafios, cuidados e possibilidades
26 de fevereiro de 2013
Feedback é uma palavra inglesa
composta pelos radicais feed
(alimentar) e back (voltar), gerando
a expressão realimentar ou retroalimentação. A palavra é utilizada em diversas
áreas do conhecimento, como Administração, Engenharia, Psicologia e Educação. Na
educação, um exemplo de feedback é o/a professor/a explicar a
matéria e perguntar para o/a estudante o que entendeu, ou seja, o/a professor/a
estaria recebendo um retorno por parte do/a aluno/a daquilo que ensinou. Outro
exemplo é quando o/a professor/a emite um comentário sobre uma atividade que o/a
estudante fez, buscando apontar se atendeu aos objetivos da atividade ou se ainda
precisa avançar em alguns aspectos, seja na compreensão do conteúdo, na
formatação do texto e na exposição de suas ideias.
No âmbito das relações interpessoais, lidamos com o feedback a todo momento, ora para expressar
algo que gostamos ora para expressar algo que não gostamos. Entretanto, quando
falamos em feedback na área de educação
é importante compreender que ele não se resume a essa simples questão de gostar
ou não. O feedback na área de educacional
está relacionado com a avaliação formativa. De acordo com Kraemer(2005), a avaliação formativa representa o principal meio através do qual o/a estudante
passa a conhecer seus erros e acertos, e assim
encontra maior estímulo para um estudo sistemático dos conteúdos. Por ser uma
estratégia de avaliação formativa, torna-se
importante saber dar feedback ao aluno/a, tanto como forma dele saber como está seu desenvolvimento
e aprendizagem, quanto como modo de apontar aprendizagens que precisam ser
desenvolvidas.
Com base nessas considerações
iniciais, buscarei refletir sobre o feedback na área de educação,
especialmente, no campo da educação a distância. A Educação a Distância (EAD) é uma modalidade de
educação mediada pelo uso de tecnologias da informação e da comunicação, em que
nem sempre o “aluno” e o “professor” ocupam
o mesmo espaço e se comunicam no mesmo tempo. Nesse sentido, fazer feedback no processo de aprendizagem é uma prática que envolve desafios, cuidados e possibilidades. Pela própria natureza da comunicação online,
em que nem sempre é possível identificar as intenções e sentidos em uma
mensagem escrita, torna-se fundamental desenvolver uma comunicação modelada,
que evite palavras dúbias, seja objetiva e construtiva. Como diz Mill, Abreu e
Lima e Lima (2008), nos processos de aprendizagem online “a palavra escrita passa a ter novo valor”. Assim,
além de prezar pelas normas gramaticais, é fundamental que o feedback seja cordial, lembrando que não
se trata de menosprezar a atividade do aluno, mas de conforme afirmam Mill, Abreu e Lima e Lima (2008), “mostrar ao estudante se ele está no caminho
certo ou nao”.
Ainda sobre os cuidados, a comunicação, por meio do
feedback, exige levar em conta que o
aluno é um adulto, não um ser
incapaz, como relata a professora Denise de Abreu e Lima no vídeo abaixo. Ao conceber
o aluno como um adulto, deve-se evitar reproduzir as relações que geralmente
prevalencem nos processos de aprendizagem presenciais. Ao considerar o aluno
como uma pessoa capaz de construir seus conhecimentos, de se superar, é
importante estabelecer uma comunicação que valorize a participação e aponte, de
forma sutil, os pontos que ainda precisam ser aprofundados. É isso que algumas
pesquisadoras, dentre elas a professora Denise de Abreu e Lima tem chamado de “comunicação
modelada”, ou seja, a importância de não ser omisso quanto os resultados
apresentados, mas ao mesmo tempo não fazer juízos que simplesmente apontem o “erro”
e não dê oportunidade da pessoa refletir sobre o que precisa melhorar para
avançar na aprendizagem. Portanto, uma comunicação modelada e respeitosa é um
dos cuidados.
Há
inúmeros desafios na prática do feedback, e levar em consideração os cuidados supracitados
é uma forma de superar alguns deles. Um desafio da tutoria online e do feedback é responder ao cursista sempre em tempo ágil. De acordo
com as atribuições do Tutor do Sistema UAB/CAPES, o profissional selecionado para realizar a
tutoria Tutor deve manter regularidade de
acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e responder às solicitações dos alunos no prazo máximo de 24 horas. Nesse sentido, o feedback deve ser dado rapidamente, visto
que os conteúdos e as atividades programadas de um determinado tópico geralmente
ocorrem no prazo de uma semana. No caso do feedback
das atividades, também é fundamental que seja feito assim que o cursista
encaminhe a atividade pelo recurso específico, pois assim é possível realizar
uma pré-correção e avisar o cursista, caso seja necessário, que necessita
refazer determinado aspecto e enviar novamente a atividade para que atenda aos
objetivos traçados.
Com relação as possibilidades do feedback, geralmente, conforme comentam Mill, Abreu e Lima e Lima (2008), “os educandos reagem favoravelmente ao contato frequente e ao feedback dos tutores, especialmente em estagios iniciais das atividades sugeridas no ambiente virtual” (p. 123). Assim, o feedback tem o potencial de incentivar a reflexão por parte do
cursista de seu próprio processo de aprendizagem, além de motivá-lo a superar
as suas próprias dificuldades. É por meio do feedback que se pode alertar ao aluno se os objetivos estão sendo
cumpridos ou se há competências que necessitam ser aprendidas. Portanto, o
feedback, se bem utilizado, trás como possibilidade o desenvolvimento da
aprendizagem.
Para finalizar,
é importanter compreender que o feedback
não deve ser confundido com crítica. Para Ferreira (2007), o feedback é “um processo de ajuda mútua para mudanças
de comportamento, por meio da comunicação verbalizada ou não entre duas pessoas
ou entre pessoa e grupo, no sentido de passar informações, sem julgamento de
valor, referentes a como sua atuação afeta ou é percebida pelo outro e vice e
versa”. A crítica, ao contrário do feedback,
“é um processo de comunicação verbalizada ou não, entre duas pessoas ou entre
pessoa e grupo com o objetivo de passar nossos valores de certo e errado,
geralmente traz consigo a intenção de
acusar, julgar e condenar e, não raro, com intensa carga emocional dos
interlocutores”. Em síntese, feedback
é uma resposta, ou seja, a emissão de alguma mensagem que venha ajudar o/a
aluno/a.
No vídeo
abaixo, a professora doutora Denise de Paula Martins de Abreu e Lima,
professora na UFSCar, coordenadora adjunta da UAB-UFSCar e doutora em
Linguística Aplicada pela Unicamp fala sobre as interações interpessoais no
ambiente online e as formas ideais de se fazer feedback no processo de
aprendizagem online.
REFERÊNCIA
MILL, Daniel; ABREU-E-LIMA, Denise;
LIMA, Valéria Sperduti. O desafio de uma interação de qualidade na educação a distância:
o tutor e sua importância nesse processo. In: Cadernos
da Pedagogia, Ano 02,
Volume 02, Número 04, agosto/dezembro, 2008.
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. A avaliação da aprendizagem como processo
construtivo de um novo fazer. Avaliação (Campinas) [online]. 2005, vol.10,
n.02, pp. 137-147.
FERREIRA,
Jansen de Queiroz. Feedback
para desenvolver equipes produtivas. Disponível em: <http://carreiras.empregos.com.br/comunidades/rh/artigos/091104-feedback_equipes.shtm>.
Acesso em: 10 maio 2007.
Postado por
Cleverson Domingos
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2/26/2013
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Esboçando possibilidades e desafios pedagógicos do facebook
11 de fevereiro de 2013
Estou participando
de um curso de formação de tutores pela Universidade Aberta do Brasil da
Universidade de Brasília, como parte da seleção de tutores para atuação no
Curso de Licenciatura em Pedagogia à distância. Nesse curso de formação em EAD
para tutores, estamos estudando as Tecnologias Digitais da Informação e da
Comunicação (TDIC) na Educação on-line
e a atuação do tutor no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Na semana
passada, trabalhamos coletivamente na
construção de um power point
utilizando o Google Docs, a partir de
um grupo de três pessoas (Cleverson Domingos, Fabrício Abreu e Henrique Neuto).
Para construirmos essa atividade, utilizamos como ferramenta de comunicação e
interação, além das mensagens via moodle,
o bate-papo do facebook como forma de
discutirmos em tempo real (ou síncrono) a atividade[1].
O facebook é uma rede virtual de relacionamentos, em que é possível,
como diz o próprio site oficial, “se
conectar e compartilhar o que quiser com quem é importante em sua vida”. O facebook superou e, em alguns casos,
substituiu o orkut - rede social
criada pela Google. Ambas redes sociais foram criadas no ano de 2004. No
Brasil, as redes sociais fazem muito sucesso e praticamente todas as pessoas
que acessam a internet possuem um perfil nesses sites de relacionamento. Recentemente, durante a minhas atividades
de tutoria no Curso de Atualização em Práticas Pedagógicas, ofertado pelo
Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília, discutimos
justamente a utilização das TDIC’s como instrumentos pedagógicos que podem
auxiliar o processo de aprendizagem, interação e construção do conhecimento.
Uma das postagens de uma professora da Bahia foi o texto 100 maneiras de usar o Facebook em sala de aula.
Esse texto apresenta
diversas estratégias e possibilidades pedagógicas de utilização do facebook na área de educação, tanto
presencial quanto a distância. Assim como toda atividade educativa, ao utilizar
o facebook é importante definir os
objetivos que se pretende atingir e, a partir disso, as formas/ferramentas que
serão utilizadas para concretizá-los. Como o texto indica, podem ser
desenvolvidas várias habilidades e competências com o uso do facebook e das suas ferramentas, como
aquelas relacionadas a pesquisa, as relações interpessoais, a organização, ao
trabalho, a comunicação, entre outras. A atividade a ser realizada, por sua
vez, vai exigir a escolha de qual ferramenta da rede social utilizar. Poderão
ser usados a depender da atividade o chat,
os grupos[2], o
feed de notícias, páginas,
aplicativos, jogos, eventos, álbum de fotos e vídeos, entre outros.
No campo
organizacional e educacional, o facebook tem
sido utilizado por empresas e até por instituições de ensino como forma de
estabelecer uma comunicação com o público de usuários interessados em
acompanhar as notícias, atividades, conteúdos e serviços. Geralmente, criam-se páginas
no facebook que podem ser “curtidas”.
Assim, as informações postadas pelas páginas dessas instituições podem ser
acompanhadas no próprio feed de
notícias de cada usuário. Toda postagem ou atualização é vista em cadeia por
todas aquelas pessoas que curtiram a página, sem necessitar fazer o acesso a
página para acompanhar as informações (embora também exista a opção de configurar
para que as informações não apareçam no feed
de notícias, somente apenas quando for visitada a página).
Percebe-se
que, fora esses casos em que são traçadas políticas de comunicação e marketing de empresas, marcas e
instituições, o facebook ainda não é
tão utilizado nos processos de ensino e aprendizagem, pensando na educação “formal”
de um modo geral (seja presencial ou a distância). No entanto, como diz o texto
100 maneiras de usar o Facebook
em sala de aula, “com o tempo,
o Facebook tem aberto cada vez mais portas para que as escolas e professores possam
usá-lo para melhorar a educação e, principalmente, a comunicação com seus alunos”. Como
rede social, o facebook está presente na vida de muitas crianças e jovens,
especialmente, aqueles que tem acesso as TIC’s e a internet. Trata-se de uma espaço
de relacionamento e, portanto, onde acontecem processos educativos, visto que
nele há pessoas que se interagem, compartilham informações e constróem
conhecimentos.
Por outro
lado, o facebook é também criticado,
visto que muitos jovem passam muito tempo na rede social e na internet sem aproveitar
as possibilidades educativas que elas lhe oferecem. De fato, o facebook e a internet nem sempre
precisam ser utilizados de forma pedagógica. O facebook, por exemplo, é utilizado mais como um espaço de entretenimento
e agrupamento entre pessoas (amigos). Por outro lado, também vem sendo utilizado
como uma forma de compartilhamento de informações (para além daquelas de cunho
individual) e criação de grupos em torno de interesses em comum, casos em que
se criam verdadeiras comunidades de aprendizagem. Não quero entrar no mérito dos
“malefícios” do facebook para uma
determinada geração ou do seu caráter efêmero. Do ponto de vista pedagógico, acredito
que é importante saber manuseá-lo, filtrar as informações que nele circulam e
desenvolver uma postura crítica perante o mesmo.
A reflexão
sobre o facebook, sobre suas
potencialidades e funções, pode ser uma das primeiras atividades quando pensar
em utilizá-lo de forma pedagógica. Pensando
na educação presencial, em primeiro lugar, percebo que o facebook se faz presente na vida de muitas crianças e adolescentes,
seja em casa, nas lan houses ou na
escola através dos seus telefones celulares. Às vezes, para muitas crianças e
adolescentes, o facebook é mais
interessante que as aulas. Assim, pensando em integrar esse público nas
atividades e conteúdos escolares, o facebook poderia ser um meio de envolvê-los
e de aumentar a motivação pelo estudo.
Pensando no
trabalho do tutor online, o facebook pode ser utilizado para várias
atividades. Pode haver uma página no facebook
da disciplina, em que o/a professor/a-tutor/a pode compartilhar informações com
o seu grupo de cursistas. Além disso, pode ser criado um grupo para reunir
os/as cursistas e integrá-los em uma atividade de produção coletiva que utilize
o chat e o feed de notícias, por exemplo, favorecendo a interação e
interatividade. Os cursistas poderão ser incentivados a criarem páginas sobre
temas específicos e compartilhar conteúdos multimídias produzidos por eles
próprios em suas atividades de pesquisa. Para favorecer a interação/interatividade,
os cursistas poderão “curtir” as páginas criadas pelos colegas e fazer
comentários e perguntas. Enfim, as possibilidades só aumentam com o
desenvolvimento de novas ferramentas, aplicativos e jogos. Além disso, o facebook também pode estimular o
planejamento e a realização de atividades interdisciplinares. Veja aqui uma matéria que fala do trabalho de um professor junto aos alunos utilizando o facebook
Em resumo,
acredito que o facebook pode
contribuir para o processo de aprendizagem construído dentro dos espaços virtuais à
medida que amplia as interações para além do moodle, gerando outras formas de comunicação, construção e troca de
conhecimentos. Inclusive, devido suas possibilidades pedagógicas, o próprio facebook lançou um guia que pretende
auxiliar os/as professores/as do mundo a entender e aproveitar essa mídia social na sala de aula. Chamado Facebook para Educadores, o guia propõe e explica 7 maneiras com que educadores
podem usar o Facebook, quais sejam: 1) ajudar a desenvolver e seguir a política
da escola sobre o Facebook; 2) incentivar os alunos a seguir as diretrizes do
Facebook. 3) permanecer atualizado sobre as configurações de segurança e
privacidade no Facebook; 4) promover a boa cidadania no mundo digital; 5) usar
as páginas e os recursos de grupos do Facebook para se comunicar com alunos e
pais; 6) adotar os estilos de aprendizagem digital, social, móvel e “sempre
ligado” dos alunos do século 21; e 7) usar o Facebook como recurso de desenvolvimento
profissional.
Acessem o
links e explorem essas potencialidades. Se quiserem me adicionem no "face": Cleverson Domingos e lá podemos bater papo e interagir mais sobre essas possibilidades pedagógicas e os desafios a serem enfrentados com o seu uso educativo.
[1] O bate-papo do facebook permite realizar chats em grupo, bastando “adicionar
amigos ao bate-papo ou a conversa”. A conferência em vídeo do facebook ainda é restrita a duas
pessoas, diferente do hangout da Google
que agora permite uma conferência com até nove pessoas.
[2] Os grupos
podem ser de diversos tipos, isto é, grupos de amizade, de pesquisa, de
interesse em torno de uma determinado assunto ou artista, entre outros. Podem
ser secretos, fechados ou abertos, modificando a política de privacidade dos
mesmos.
Postado por
Cleverson Domingos
às
2/11/2013
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